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Vendiam-se luas na feira do meio-dia. Estavam maduras, gordinhas, luzentes. Havia sóis também, se essa fosse a preferência do freguês. E as estrelas! Apinhadinhas na bacia, convidavam a uma beliscada. “Pode provar, patroa! Essa é da boa!”. E custava pouco levar para casa uma constelação.
Mas a menina perguntava e ninguém sabia se tinha. “Havia um senhor que dizia vendê-los, mas agora já não vem mais a esta feira!”, explicava-lhe o feirante português enquanto enfeitava meteoros e cometas numa cestinha de vime.
Não tinha mesmo jeito! Procurara-o em tantos lugares e acabava-se a esperança. Muitos nãos, alguns olhares de quem vai ficar devendo, mas nenhuma pessoa jamais vira o par de olhos negros que ela tanto buscava.
- Era para fazer sonho- lamentou uma última vez a menina antes de virar as costas e sumir por entre as barracas de supernovas...
Mas a menina perguntava e ninguém sabia se tinha. “Havia um senhor que dizia vendê-los, mas agora já não vem mais a esta feira!”, explicava-lhe o feirante português enquanto enfeitava meteoros e cometas numa cestinha de vime.
Não tinha mesmo jeito! Procurara-o em tantos lugares e acabava-se a esperança. Muitos nãos, alguns olhares de quem vai ficar devendo, mas nenhuma pessoa jamais vira o par de olhos negros que ela tanto buscava.
- Era para fazer sonho- lamentou uma última vez a menina antes de virar as costas e sumir por entre as barracas de supernovas...
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