segunda-feira, 15 de março de 2010

(aquele seu poema)


(a M.)

Hoje vou pedir licença
para adivinhar você

Assim o vejo,
estrela forte
e imensa,
astro de infinita grandeza

E, se olho para mim,
sou pequena,
céu apenas
de um único planeta

Porém as astrais conjunções
permitem-me sonhar...

Se o seu sol tão oriental brilhasse
por um instante no céu que eu pautei,
e esse imperador fluísse,
através do azul que há em mim

Então, só nesse dia,
tudo o que eu não contei ainda
iria fazendo sentido
misturando voz e poesia
inspirada em sua luz

E chegaríamos ao solo continente
em verso uno, em uma história,
monóstico que assim diria:
"Quem decifra e quem devora"?
*
Olga
*

Um comentário:

Claudia disse...

Adorei, Olga. Está lindo. Mas, já estou lendo as entrelinhas. Posso interpretar? *rs*

Um beijão.