domingo, 23 de maio de 2010

(A) maré...

*

*

As pessoas diziam

"vai seguindo com a maré"

e assim eu me acreditava...


Mas quando estava com ele

me sentia tão imensa...

que depois,

do beijo azul,

a dizer despedidas,

so me restava este ser vazio,

sem fôlego,

sem ar ao redor

que puxar pra dentro,


solitária como o peixe

abandonada pelo oceano inteiro.




Amo?... Amo?

É possível, quem sabe?

Se tantos me advertiram:

"cuidado"!

Mas eu me garantia,

-sou forte, sou única- dizia!


Veem como termino agora?

Pobre menina, esqueçam-se dela

Pobre menina, não vale a pena,

nem o espaço ou a rima

não vale nada,

não, nada vale,

nem um impuro poema,

a menina que se enamora...


*

Um comentário:

Laura Fuentes disse...

Quando o amor chama não tem jeito, ou nos jogamos ou ficamos no "e se?" indefinidamente. Lindo poema. Saudade de você, flor