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As pessoas diziam
"vai seguindo com a maré"
e assim eu me acreditava...
Mas quando estava com ele
me sentia tão imensa...
que depois,
do beijo azul,
a dizer despedidas,
so me restava este ser vazio,
sem fôlego,
sem ar ao redor
que puxar pra dentro,
solitária como o peixe
abandonada pelo oceano inteiro.
Amo?... Amo?
É possível, quem sabe?
Se tantos me advertiram:
"cuidado"!
Mas eu me garantia,
-sou forte, sou única- dizia!
Veem como termino agora?
Pobre menina, esqueçam-se dela
Pobre menina, não vale a pena,
nem o espaço ou a rima
não vale nada,
não, nada vale,
nem um impuro poema,
a menina que se enamora...
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Um comentário:
Quando o amor chama não tem jeito, ou nos jogamos ou ficamos no "e se?" indefinidamente. Lindo poema. Saudade de você, flor
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